quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Janela da Frente - DAS JANELAS DA MINHA CASA - Luís Serrenho





Das janelas da minha casa, das várias janelas que hoje temos ao nosso dispor, tenho vista privilegiada para observação atenta com os meios disponíveis.

Há janelas mais transparentes, como são as do meu computador. E outras, que tentam ocultar com cortinas opacas de censura, os assuntos que não servem o sistema que as comandam.

Mesmo assim começo a verificar uma mudança na sociedade portuguesa, claro que são sinais ténues, ainda pouco expressivos, para a inquietude e desassossego que nos afectam.

Com o optimismo consciente e inspirado do meu olhar, dou conta de que muita coisa boa está a acontecer.

A cidadania está em crescendo, fazendo com que a democracia participativa esteja cada vez mais expandida, contribuindo para ajudar a quebrar a teia dos interesses instalados na manjedoura do estado.

Vale a pena acolher iniciativas cidadãs, a fim de pôr cobro aos desmandos desta democracia representativa doente, onde não se respeitam as pessoas nem a Constituição Portuguesa.

Há várias vozes a emergir na sociedade, determinadas a corrigir, denunciando com objectividade, o que houver a denunciar. Calar é que não!

Da minha janela vejo chegar cada vez mais reforços para esta nossa causa, mas teremos que ser muitos. Muitos a pensar, a pensar de maneiras diferentes, a pensar livremente, mas com o objectivo comum de fazermos uma sociedade mais igualitária.

A tarefa é árdua e ciclópica, mas ao flagelo da corrupção não se pode dar tréguas, o combate tem que ser permanente custe o que custar.

Portugal tem que se tornar um país respeitável, onde os corruptos sejam julgados e os seus bens arrestados, ressarcindo o estado.

Da minha janela quero ver mais pessoas interventivas, sem medo, livres, conscientes da sua razão.

Parafraseando um parente meu:

“Os homens sérios e honestos, um dia ainda hão de vir a ter valor!...”